domingo, 23 de dezembro de 2012

quase oriental - 125
























Quase oriental    -  125






  

Janela  de  Natal  e  sapatinhos.
Bilhetinhos,  pedidos  e   risos -
Inocência  menina.





Vallentine  ( poetisa menor)








arrebentação




































Arrebentação


              


Deparo-me com o inusitado
da vida e do mar...
Em desespero
espero por alguém
que  não chega
que não escreve
Que some.
E  quase  rouba
 o meu  verbo amar.

Junto ao rochedo
a violência do mar
mostra-me
que ondas fortes
e a dança das espumas
conjugam em minha vida
um mesmo  tempo.
O  tempo que se ouve e habita
nas conchas-de-amar.





De: Vallentine ( poetisa menor )
In : Antologia Poemas à Flor da Pele  2008
Congresso Brasileiro de Poesia   2008


OBS: Embora de 2008, só agora lembrei de postá-la no Blog.



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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

quase oriental nº 102































 Quase Oriental    nº  102













 Floresce um poema.

 Perfume se esparge.

 lavanda em minhas mãos











De: Vallentine  (poetisa menor)
In: Antologia dos Poetas do Brasil  2010



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quase oriental nº 21



 

























 Quase Oriental     nº   21














 Ventou versos doces


 no corredor polonês.


 poetisa flutuando.








De: Vallentine  (poetisa menor)
In: Antologia dos Poetas do Brasil  2010



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quase oriental nº 81































   Quase Oriental   nº   81










   Esperando por ti.

   Solidão em noite de inverno.

   auto-iluminação








De: Vallentine  (poetisa menor)
In: Antologia dos Poetas do Brasil  2010



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Tarde junto ao Mar

















Tarde  junto  ao  mar






O céu  estava uma aquarela  anil
azulando  a  areia, o  pescador,
e  a vida do  albatroz  viril.
Nas  asas  da liberdade, a  ave
brincou  pelas  raias  da  praia
ondulou-se  em  rasantes  esfaimados,
rasgando ares, alinhavou ondas
fez da  pescaria a  sua  festa...
Festa de todas  as  manhãs, de todas  as  tardes.
Ao  final,  a   suavidade na  areia  pousou...
Despediu-se  do  homem  pescador
dos  barcos, do  sol, da  poesia  poente  que  arde.
Ao  longe, a  solidão  de olhos  afoitos
na  ânsia  de  inserir-se  no  mundo
que  pouco  entendia,
deu  asas  a  imaginação
e   deslumbrada
__Fotografou__






De: Vallentine ( poetisa menor)
In: Antologia Poetas do Brasil  2010


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Fluindo em si ...
















Fluindo em si...




Um coração transtornado deixa-se fluir,
trançando pelas ruas uma caminhada.
Tentando ouvir roncos de motores,
e barulhos rotineiros da cidade.

Mas tudo isto
é pura emoção em disfarce.
No silêncio de um domingo
Pouca coisa a se fazer.

Na gangorra da reflexão,
pendulando entre o sim e o não,
entre o falar e o calar o que sente,
já não sabe se é amor ou paixão.

E desmaia dentro de si mesmo
num cálice quase transparente,
ocultando da própria amada
este sentir profundo chamado:

s

a
u
d
a
d
e





De : Vallentine (poetisa menor)

Publicado em Antologia dos Poetas do Brasil  - 2010





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A inocência do meu céu



































A  inocência  do  meu  céu






Quando pequena me encantei
com o fato de falar e cantar.
Depois me encantei em poder contar.
Contar fatos e lendas
contar até dez com meus próprios dedos
contar doces, amigos e todos os brinquedos.
Mais tarde, quando aprendi contar até mil
ousei contar  milhões
só para  enumerar estrelas!


Conheci o silêncio das madrugadas,
Ouvi o sussurrar do cântico das fadas.
Tentei colher as estrelas mais belas!
Não consegui...
Mas nada que fiz foi em vão.
Confesso que delas fiquei amiga
e foi assim que me apaixonei pelo Céu.




Vallentine ( poetisa menor)

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Galanteador Bobo ( Amor Fake)














Galanteador Bobo   (Amor  Fake)



Diga-me sem titubear
O que não faz  um homem
apocalipticamente curioso
num jeito  fuçador de histórias
estilo  galanteador  torto
tentando colocar vida
onde sempre será  amor morto?

Quebrar-se-iam  seus vidros sujos
e lá jazeria  ainda assim em disfarces.
Adiantaria uma alma boa limpar-lhe as  vidraças?
Nos labirintos da psiquê, é  jogador pelas frestas.
Ai das coitadas  musas ainda perdidas
nos andersenianos  contos de fadas.
Vitimar-se-iam  no copioso anonimato das máscaras.






De : Vallentine  ( poetisa menor)
Publicado em  :  O REBATE




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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sinais Fatais



































SINAIS  FATAIS



Raios e clarões
 pelos céus e terras.
Aviso dos DEUSES
canções das MUSAS.
Pétalas diáfanas
apressadas de encanto
em desejo puro.
Mitologia e cristal
travessia
transcendental
entre o  OLHAR
 e a ALMA.

Clarão que se faz
força e DESATINO.
E finalmente
o  desiderato.
O melhor do caminho.
Desvendaram
o esconderijo
dos  AMANTES
à céu aberto
o tal lugar SECRETO

O ÉDEN-TERRA







de: Vallentine (poetisa menor)
Em : Antologia  Poemas  à  Flor  da  Pele  - 2010




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De todos e para sempre...


































DE TODOS E PARA SEMPRE...
                            

Das cores
Das tintas
Das nuances
Dos traços e desenhos
Das pinturas
das esculturas
Das visões no  mundo!

Dos violões
Das cordas
dos sons
da alma flamenca
Das paixões!
Dos muitos amores
às guerras em cores!
Dos questionamentos
- implícitos –
ou explícitos - GUERNICA -

Da VIDA de
TODOS nós
De todo
um  MUNDO
também  NOSSO
Para  sempre amado
-  PICASSO -




De: Vallentine (poetisa menor)
Em : Antologia Poemas à Flor  da  Pele  - 2010


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domingo, 2 de dezembro de 2012

Manhãs de Amor













Manhãs de amor 



todas as manhãs são manhãs de amor
e lá fora a cigarra arrisca uma cantata
pra nos arrancar do leito e admirá-la.

todas as manhãs são manhãs de paz
e nos lençóis, a luz do amor se irradia
e a nossa sintonia afinada se refaz.

todas as manhãs são de pura idolatria
nela guardamos, em versos, as estrelas
que de tão nossas, inundam-nos em poesia.


de: Valentine (poetisa menor)





Do livro : Um amor lindo de se viver

Exótico Perfume













EXÓTICO  PERFUME




Existe um perfume bailando no ar
Em nosso céu criou-se velados véus
Um cristal com arestas a se lapidar.


Existe fragrância opulenta moldando desatinos
E o despudor tenta roubar o fio do senso
Afina a corda pequena do contra-senso.


O  perfume  irreverente se impõe. É assim!
Não revela canduras, marolas, nem tem orlas.
Fatal, é maremoto, é anseio. Transborda.


Impregnou-se a fragrância exótica em mim,
Saudades  acariciam delírios em nós.
Jazem inexoráveis essências num antigo cetim.




Vallentine (poetisa menor)




Em :  Antologia Poemas à Flor da Pele
Data : Ano 2010






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Mãe, você é parte da minha história.

































Mãe, você é parte da minha história.



Mãos firmes, quando a me conduzir.
Ou suaves, quando a me acariciar.
Hoje, pela vida mãos a me abraçar.

Eram olhos de águia, a me observar.
Ora travessos, comigo a brincar.
Hoje serenos, vencendo a lida da vida!

Eram cabelos ao vento, coloridos lindos,
exibindo leveza, ostentando jovialidade.
Hoje grisalhos, sabedoria além da idade.

O tempo enriqueceu o carisma de vivenciar
a plenitude, desiderato de sua maternidade.
Levo no livro poético da minha memória,
momentos e histórias... a se perpetuar.



de: Vallentine (poetisa menor)




Do Livro: Um amor lindo de se viver
e publicado no Jornal O REBATE em 2010