sexta-feira, 30 de julho de 2010

* Luz Maior



Luz Maior...





Só para ver pirilampos em festa
sai a caminhar sozinha numa noite sem luar.
Deslumbrada, vejo-te já ao meu lado.
E descubro que uma luz maior
iluminava-nos com vigor.
__ O sol nascia __




De: Vallentine (poetisa menor)


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* Palavras Benditas








PALAVRAS  BENDITAS


Estas palavras de amor
são tão leves, tão sinceras
que nada mais me eleva
a não ser estes teus versos.
Não os versos escritos
de todos os dias,mas sim
estas palavras em versos silentes
tão presentes no hoje e sempre
em cada mergulho de amor
dos teus olhos em vôos rasantes
em minha alma ,em meus olhos
na minha pele, com toda calma.
E que assim elas aconteçam
até os dias últimos de nossas vidas.
Estas palavras não ditas, estas sim...
eu as considero as mais benditas.



de: Vallentine (poetisa menor)




Em : Antologia Poemas à Flor da  Pele de 2010




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terça-feira, 20 de julho de 2010

* Enquanto a paixão não vem.









ENQUANTO  A  PAIXÃO  NÃO  VEM


O que percebo de mais exuberante
e sempre presente em meu ser
é este desejo louco de sempre AMAR.
Encantar-me com tudo!
Mesmo que um parceiro não venha,
não surja, não me ache.
Que comigo não se case.
Existem na natureza
pássaros a cantar,rios a correr,
céu a azular e a estrelar.
Flores no campo a perfumar.
Coisas tão simples e leves
e que me convidam
a amar o meu viver
 esperando a PAIXÃO chegar!



De: Vallentine (poetisa menor)
In : Um Amor lindo de se Viver- 2009


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* Altas horas










ALTAS HORAS...




Lá fora, o sol dourando
as folhas esvoaçantes do outono.
E não existem nuvens...
mas na minha poesia
por elas flutuo e sonho.


E sonho acordada.
Sentindo-me arrastada
por tua brisa de desejos
na redoma de uma noite
que ainda é dia.


Percebo-me nua.
Extasiada.
Corpo confinado
em teus braços.


Em tua cama de amar
novamente desperto.
Horas em paixão febril.
Eis que busco
o cronometro do tempo
e desvendo que ali
é bem distante
da rua que é rota da lua...


É meio-dia!






De: Vallentine (poetisa menor)
In: Antologia à flor da Pele - 2009




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* Entre estrelas e sonetos

 
 
 
 

 
 
























ENTRE  ESTRELAS  E  SONETOS




Atravesso mais noite contando estrelas
debruçada nestes sonhos que cintilam
em folhas soltas de poemas por relê-los
onde tuas fragrâncias poéticas se exalam.


Quero viajar nas entrelinhas destas cartas
sonhos curtidos ao crepúsculo da estrada
Quero sentir o amor bater a minha porta...
e correr várzeas como tua eterna amada.


E ao recontar os muitos raios e as estrelas
sob o divino e doce brilho da lua que flutua.
ouvir a sinfonia de amor silenciando falas.


E mais uma vez desnudar em luz o teu soneto
Adentrando o teu ser em sonho apaixonado
e no teu peito finalmente me aquieto e deito.


 
 
De : Vallentine (poetisa menor)
In : Um Amor lindo de se Viver - 2009
 
 
 
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* Feito Melodia



























FEITO MELODIA



Quando tuas mãos
tocam meus cabelos
sinto teus dedos dedilhando
com leveza
as cordas
do meu coração.


Quando estou
em teus braços
e o meu manto são teus beijos
cada instante é como
acordes brilhantes
que sustentam uma canção
em nossa imensidão de desejos.


Tuas frases de amor
sussurradas junto a mim
são harpas lendárias
glissando o tempo.


Nosso amor...,terna melodia
que toca a alma e não têm fim.
Paixão lírica exalando o eterno
e o estigma do jasmim.




De: Vallentine ( poetisa menor)
In : Antologia Poemas à flor da Pele - 2008


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* Pássaros de Amar




























PÁSSAROS DE AMAR




Voar! Voar! Amar!
Pássaro livre a brincar!
Em teu coração
Ousar meu escondido ninho
Suavemente pousar...

Em aconchego à céu aberto
voejar em teu poema cipreste
beber do teu canto em tuas asas de amar!

Decifrar-nos pelos recantos
deste ninho feito de doces e juncos
sob tuas asas incendiar e sonhar.


Abraçar-te como abraço o teu e o meu céu.
Voar no verbo amar e em teu ar...
Amar! Amar! Amar!



de: Vallentine (poetisa menor)
In: Um Amor lindo de se Viver - 2009



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segunda-feira, 19 de julho de 2010

* Altar Interior






























ALTAR  INTERIOR.





Oração se faz em alvo manto
em mãos cândidas e unidas.
Crepúsculo púrpura em flor
Cordão de luz aninhando vidas.


A ilusão dá espaço a esperança,
pensamentos em urdidura humilde
onde abismos são escalados
paulatinamente e sempre...


Encantamentos tão fervorosos
transformam feridas em rosas
naquelas preces tão piedosas.


E a compaixão revela-se um dom
viajando além dos céus e mares
na sentinela dos muitos altares.





De: Vallentine (poetisa menor)
In ; Cântaros Samaritanos - 2009




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* Fábula da Estrela Cadente de Ontem



 Fábula da Estrela Cadente de Ontem



O rastro discreto cortou os céus,
leve pingente, amor incandescente em luz.
Nau em clarão e lampejo nas nuvens breves.
Em teorema, dueto de flor e perfume,
galáxia e céu, unindo duas estrelas belas.
E ninguém seria poeira de estrela perdida
cadente e caída no fundo abrumado
do lago de lágrimas dissimuladas.

Mas não há reverso nestes meus versos.
Apenas um momento poético em calafrio
correu discretamente em inusitadas rimas
brincando de pique com a poesia.
Serpenteando luz, em sonhos perdidos.
Apenas uns segundos, no dorso de tua carne,
por tuas costas, sempre às escondidas.
Quando voltarás a amar?!



De: Vallentine (poetisa menor)

* Amor feito de Sonhos







AMOR  FEITO  DE  SONHOS



A solidão é um violino afinado
se atirando numa noite densa.
Uma dança em emoção confessa.
Pentagrama em ritmo virtuose
experimentando a saga fascinante
em sedutora escala melódica cigana.
Faz-se concerto diluindo melancolia
implorando assistência dos anjos.
Somente um querubim vela ao longe
pelo poema afinado e profundo
do poeta apaixonado.
E naqueles breves instantes,
percebeu singular revelação dos céus.
Perturba-se, tenta se acalmar,
busca paz , busca luz
inspira, inspira-se, alivia-se
Ah... ao som dos violinos,
é amor feito só de sonhos.


De: Vallentine (poetisa menor)




Em : Antologia Poemas  à  Flor  da  Pele do ano de 2010



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* Jogo de Sedução





























JOGO DE SEDUÇÃO



Pelo salão
olhos de borboletas
homens
mulheres
roletas
jogo de amor.

Jogar
ganhar
roubar
perder.

Jogo inusitado.
Abençoado
ou insano.
Tudo pode acontecer.

Sedução!
Muita sedução!
Apostar para vencer.
Só para te ter!

Neste jogo
perder é não me querer
Azar é não te amar.


De: Vallentine (poetisa penor)
In: Antologia Poemas à Flor da Pele - 2008
Congresso Brasileiro de Poesias  -  2008






domingo, 18 de julho de 2010

* Cântico das Letras.








 
CÂNTICO  DAS  LETRAS



A melodia suave em teus versos leves
orvalhou-se aos poucos em mim
qual Cânticos de Tagore, sublimes...

E de tanto ansiar tatuar-se em mim
adentrou o pulsar da casa das máquinas
e fez-se mago, meu maestro e querubim.

Meu coração disparou do Adágio
ao Virtuose Brilhante no ritmo certo.
Um flautim sonhara ser poemeto.

As janelas das palavras se abrem,
os acordes encadeiam-se e crescem.
Lá fora o mundo quer nos ouvir.


de: Vallentine (poetisa menor)
In : Antologia Poetas do Brasil - vol. 10 - 2009
Congresso Brasileiro de Poesia







* Qual Estrela Dalva







QUAL  ESTRELA  DALVA



Tu és a estrela mais bela
aquela primeira que surgiu
quando o crepúsculo chegou
para precipitar céu negro, luas
e sementes madrigais em mim.
Outras estrelas também aportaram
cintilando cenários até sumirem
em dançarinas caravanas ao léu.
Mas tu ali permaneceste
pássaro solitário em meu ninho
olhos espelhados aos meus.
Iluminaste vida em mim
quando o dia  floriu.


De: Vallentine (poetisa menor)





* És Sândalo








ÉS SÂNDALO



Pelas aléias
do Jardim Botânico
caminha o bálsamo
das manhãs.
E no cheiro orvalhado
de mata cálida
exibe-se o prana.

Um aroma sagrado
se derrama em leve
toque amadeirado
lembrando-me
este teu perfume
e este teu jeito puro
de viver e amar.
Tua alma é sândalo!

Desperta em mim
esta suave saudade de ti.
Por onde andas?
Tua voz sedutora
ainda ecoa
aveludada e calma
dizendo junto a mim...

- Volta meu amor!



De: Vallentine (poetisa menor)
In: Antologia Poesia do Brasil - vol. 10 - 2009


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