terça-feira, 20 de julho de 2010

* Altas horas










ALTAS HORAS...




Lá fora, o sol dourando
as folhas esvoaçantes do outono.
E não existem nuvens...
mas na minha poesia
por elas flutuo e sonho.


E sonho acordada.
Sentindo-me arrastada
por tua brisa de desejos
na redoma de uma noite
que ainda é dia.


Percebo-me nua.
Extasiada.
Corpo confinado
em teus braços.


Em tua cama de amar
novamente desperto.
Horas em paixão febril.
Eis que busco
o cronometro do tempo
e desvendo que ali
é bem distante
da rua que é rota da lua...


É meio-dia!






De: Vallentine (poetisa menor)
In: Antologia à flor da Pele - 2009




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